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Ela

Espreitas pela noite,
Me cobres, ó nevoa noturna,
Envolta em fino linho, tecido por anjos
Envolve-mes, com teu aroma de breve chuva,
Ó espirito do amanhecer, doce incenso.

Purificas o alvorecer, o reino dos invisiveis,
Flutua silênciosa pelos campos, distintos dos olhos,
Abraças minha essência, flerta com meus delirios.

Estranha mulher, anjo não sei,
A tí espero angustiado,
Noite pós noite,
Em busca de teu perfume.

Silênciosa dama,
Mil palavras em teus olhos,
Não conheço a sentença,
Mas digo a resposta, sim.

Espirito superior,
Em teus silenciosos lamentos,
Ouço uma sinfônia,
mesmo quando tudo a seu redor,
silencia,
Pois é divina tua beleza.
Em transe deixas as criaturas.

Desapareces com a luz primeira,
Os olhos tristes se dissipam,
Mulher distante, onde vives não conheço.
Mulher cruel, divides tua angústia.

(Sérgio tenório)




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O Jardim Eterno.


Existe um lugar
um paraíso esquecido
o éden adormecido.
meu refugio da dor
moradia da paz e da vida eterna
Seus portões atravesso todas as noites.
com aplausos recepcionado
meus queridos amigos a meu lado.


agora longe da dor e morte terrena
sadios com vida plena, circulam despreocupados
A sombra de um ypê,
vejo meu amigo-irmão
com um sorriso no rosto acena com a mão.


Todos meus irmãos
humanos e animais
correm sadios, felizes por estes campos
onde a dor e a doença já não existem mais.

Até o cãozinho, de minha infância esquecido
Interrompe suas brincadeiras,
Para me lançar um sorriso. e com os olhos marejados
resumir toda sua breve vida
A uma palavra a mim destinada, obrigado.


No meio do jardim, sentada em um banco de praça
rodeada de aves, animais e perfumada pelas rosas
com uma roupa de brancura divina, reluzente tecido
ela me sorri com graça
com um movimento de mãos, oferece colo,


Perdido, repouso a cabeça.
compartilho incertezas.
Homem, mas uma criança,
o choro repentino.
medo do destino
suas mãos em meu rosto, alivio imposto.


Logo o dia amanhece
a trombeta do arcanjo no horizonte
anuncia o fim da noite,
começa mais um dia

é hora de regressar
a mente teima em recordar
a vinda a este lugar.


Mas este meu paraíso
se esconde qdo pelo portão eu passar
tão certo quanto as águas de um rio
na próxima noite voltarei
para com a manhã não mais notar.


Ate breve meus amigos
um dia, sei, virei para ficar
e como estes belos e silenciosos campos,
que tanta paz me traz,
serei mais um anjo na mensagem,
a alegria no coração perdido,
apenas um gesto singelo,
para quando se abrirem novamente,
os portões do jardim eterno....


(Sérgio Tenório de Souza)


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ATO I.

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ATO I

Quão terrivel é o julgo daqueles que se assentam onipotentes
Diante dos que procuram um lugar ao sol.
Malditos vermes, com seus sorrisos profanos, exalam o hálito putrido
Do orgulho, soberba, iguais mas pequenos a teus olhos.

Almas acizentadas, tecem falsas promessas, a falsos lideres,
Corroem, corrompem a moralidade humana.

Deveras existir tamanho de palavras e não de maquiagem carnal.
Aos homens a mesma sombra, de tamanho e altura, iguais, indiscutivelmente capazes
De tudo a qualquer tarefa.

Não podes observar a qualidade, sem a tolerância, a nobreza dos feitos em vida.
Enão quantas moedas pode levar nos bolsos mofados.

Ó fardo que pesas, quando em silêncio observo os pequenos, envoltos em reluzente armadura e os grandes assoitados pelo vento matinal.
Queria em audiência, abrir minha boca, relatar aos gigantes, o quão minuscula sois suas almas.
Como se fazem diminutos, cobrindo com suas sombras os mais fracos.

A plebe , revestida de puro linho regorgiza-se, empaturrados na mesa da indecência, riem alto
De nossa sorte.
Aprisionam-a em suas gaiolas revestidas de brilhantes, mas ainda gaiolas, para nunca escaparem, até serem herdadas.

Mas vi o dia, que homem algum ajoelharia a outro, pois do mesmo pó fomos revestidos.
Quando o gozo da felicidade enfim será dividido, como deve ser, em partes iguais, e não a tí,
Completo ladrão noturno, que a oferta a teu infante.
Pobre sois aquele que não enxerga a riqueza.

(Sérgio Tenório)


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