
Espreitas pela noite,
Me cobres, ó nevoa noturna,
Envolta em fino linho, tecido por anjos
Envolve-mes, com teu aroma de breve chuva,
Ó espirito do amanhecer, doce incenso.
Purificas o alvorecer, o reino dos invisiveis,
Flutua silênciosa pelos campos, distintos dos olhos,
Abraças minha essência, flerta com meus delirios.
Estranha mulher, anjo não sei,
A tí espero angustiado,
Noite pós noite,
Em busca de teu perfume.
Silênciosa dama,
Mil palavras em teus olhos,
Não conheço a sentença,
Mas digo a resposta, sim.
Espirito superior,
Em teus silenciosos lamentos,
Ouço uma sinfônia,
mesmo quando tudo a seu redor,
silencia,
Pois é divina tua beleza.
Em transe deixas as criaturas.
Desapareces com a luz primeira,
Os olhos tristes se dissipam,
Mulher distante, onde vives não conheço.
Mulher cruel, divides tua angústia.
(Sérgio tenório)
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